terça-feira, 16 de novembro de 2010

Alopecia em crianças.

Vocês sabiam que crianças também podem ter doenças no couro cabeludo??? Essa é uma queixa muito frequente no nosso dia-a-dia nas consultas. Fungos, traumas e algumas doenças estão entre as principais causas. Os pais devem ficar atentos e levar os filhos a um dermatologista para que seja feito um diagnóstico correto.

Nos primeiros dias de vida até semanas, a criança pode ter queda de cabelos difusa ou localizada. Este quadro é transitório, sendo desnecessário tratamento.
 
As causas mais comuns  de queda de cabelos em crianças são: alopecia areatafúngicas no couro cabeludoeflúvio telógeno, hormonaisnutricionais, tração, pisicosomática (tricotilomania), quadros infecciosos, agentes quimioterápicos usados em quimioterapia, entre outras causas.
Os fungos podem atingir crianças de todas as idades - especialmente em crianças que vivem em ambiente pequeno, aglomeradas e em moradias de higiene precária porém ocorrem mais em crianças na faixa pré-escolar e escolar, isto é, de 5 a 10 anos.
Existem dois tipos de queda de cabelo causada por fungos: a tinha tonsurante, mais frequente, é causada por um fungo adquirido de outras crianças ou de adultos doentes, da terra, da areia ou de cães e gatos. Nesse caso o microrganismo “corta” porções de cabelo próximo do couro cabeludo, dai seu nome "tonsurante", deixando a criança com uma ou várias peladas. Já a tinha favosa, mais rara, é conatgiosa e grave. Ela provoca várias lesões no couro cabeludo, inflama o folículo piloso podendo deixar cicatriz e, portanto, calvície definitiva nos locais em que ocorre, quando não tratada em tempo.
 
Já a alopecia areata caracteriza- se pela queda repentina e geralmente rápida de cabelo do couro cabeludo e/ou de qualquer outra região do corpo, deixando a pele lisa. Trata-se de uma doença autoimune, que atinge crianças, jovens e adultos. Na infância ocorre principalmente em meninos e meninas de 5 a 11 anos. Provoca mais frequentemente lesões redondas ou ovaladas.
É comum ser desencadeada por fatores como estresse, de qualquer origem( traumática, pisicologico...)
A alopecia tradicional deve-se a traumas frequentes no fólico piloso pela ação de quem cuida da criança. O exemplo clássico é a mãe que sempre faz a mesma trança na filha, forçando seus cabelos, ou uso frequente de arcos nos cabelos. De tanto pressionar, o fólico piloso se inflama e atrofia. Os cabelos não nascem mais.
Já a tricotilomania, distúrbio psiquiátrico, também pode ocorrer em crianças. Em situações de tensão e estresse, elas mexem nos cabelos e os arrancam, formando áreas de calvície.; poupando classicamente a periferia do cabelo, principalmente na nuca.
O eflúvio telógeno, por sua vez, se caracteriza por aumento na quantidade/proporção de cabelo na ùltima fase, a telógena, e a consequente aumento da queda. Pode ser agudo ou crônico. A forma aguda ocorre em geral dois a três meses após, por exemplo, uma febre alta, ou infecção muito importante. A crônica se caracteriza quando a queda de cabelos ocorre por mais de seis meses. Entre as causas estão: desnutrição protéica, anemia e o tireoidopatias.
Eflúvio anágeno, caracteriza-se quando todos os fios de cabelo que estão na fase anágena, ou seja, fase de crescimento ou de multiplicação celular, e começam a cair. Ocorre em crianças maiores, e geralmente altera sua autoestima. Nas situações mais graves, elas podem até ser atingidas por estados depressivos. O ideal é que, na primeira indicação de queda excessiva de cabelos, os pais procurem um dermatologista. A maior parte dos casos,  já tem tratamento eficaz.