terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Calvicie Feminina, ela existe e saiba mais sobre essa doença





A mulher  pode apresentar calvicie, assim como o homem, e a suas etiopatogenias são idênticas. A causa mais comum de calvicie feminina, e também a masculina, é a Alopecia Androgenética( AAG).
   A etiopatogenia da AAG feminina é multifatorial, pois envolve basicamente fatores de ordem genética e hormonal. Essa doença  se inicia na puberdade, quando todos nós produzimos testosterona. Esse hormônio quando se liga com uma enzima chamada 5-alpha-redutase, presente no folículo pilossebáceo do couro cabeludo,  provoca alterações no RNA e DNA celulares, transformando a expressão genética original.Os cabelos vão se tornando gradativamente mais finos e pequenos ( miniaturização). Mulheres com calvície, provavelmente possuem maior quantidade de 5-alpha-redutase na área calva ou apresentam uma sensibilidade aumentada a esse hormônio masculino.  
   De modo geral, as mulheres com calvície não apresentam alterações hormonais, embora aquelas com hiperandrogenismo também possam desenvolver esta manifestação.
   O excesso de andrógenos( hormônios masculinos), que ocorre nos tumores de ovário e adrenal, ovário policístico, hiperplasia adrenal congênita, entre outras, pode através do aumento da testosterona provocar a rarefação capilar, além do hirsutismo( aumento de pelos) e acne.
   O diagnóstico da alopecia androgenética feminina é essencialmente clínico, caracterizando-se por rarefação capilar difusa, com retenção dos cabelos na linha frontal.O padrão feminino, em sua maioria, é diferente do masculino, pois é difuso, sem as entradas ou rarefação do vértex( alto da cabeça).
Ao exame, mais específico, temos o teste de puxamento leve negativo (número de fios entre 0 e 2) e o tricograma( exame que avalia o bulbo capilar, fio a fio) aparenta discreto predomínio de fios telógenos.
Laboratorialmente, é necessário avaliar o perfil hormonal.
No tratamento, o principal objetivo é reverter e/ou estabilizar o processo de miniaturização.Em termos hormonais, o objetivo consiste em abaixar a atividade androgênica nos folículos, bloqueando a transformação da T em DHT com inibidor da 5-Alpha-redutase; bloqueando a proteína receptora androgênica ou transformando os andrógenos em estrógenos.
   Em casos mais avançados, implante capilar pode ser necessário.
   O importante é a avaliação precoce, portanto a visita ao especialista deve ser o quanto antes, pois uma intervenção rápida pode reverter o quadro totalmente.