segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Fique longe do herpes labial


Cerca de 80% dos brasileiros já teve algum tipo de contato com essa doença.

Quem já teve sabe o quanto pode ser incômodo. Ele começa com uma ardência, depois uma coceirinha adianta o que está por vir e, por fim, a vermelhidão e as bolhas aparecem anunciando o constrangedor herpes labial. Essa doença é uma infecção causada pelo vírus herpes simples e seu contágio mais comum é feito de pessoa para pessoa, o que se torna ainda mais fácil quando há contato direto – como o beijo, por exemplo. De acordo com a dermatologista Denise Steiner, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, as características da doença são a ardência, o dolorido da pele e posteriormente aparecem bolhas (vesículas) agrupadas que se rompem e formam uma crosta. “Nesta última fase, o perigo de transmissão da doença aumenta”, diz ela.

 A porcentagem da população brasileira que tem ou teve contato com a doença é alarmante: cerca de 80%. E não é apenas o incômodo que o herpes labial causa. Em alguns casos mais graves, o infectologista Marcos Antônio Cyrillo, da Sociedade Brasileira de Infectologia, alerta que a doença pode causar pneumonia e encefalites (inflamações agudas do cérebro, habitualmente causadas por uma infecção viral).

 A má notícia é que o herpes labial não tem cura, já que o vírus instala-se de forma oculta no organismo e fica esperando uma oportunidade para ser reativado. “Quando a imunidade do paciente cai, a doença reaparece”, diz Cyrillo. Segundo ele, luz solar intensa, febre e outras infecções que diminuem a resistência orgânica e estresse emocional são grandes ativadores da doença.

 A duração dos sintomas é de 5 a 10 dias por crise e seu tratamento é feito com antiviral (via oral ou tópica). “Os remédios são usados até a ferida cicatrizar, conforme a gravidade de cada caso. Eles agridem o vírus, mas não consegue eliminá-lo totalmente”, ressalta Denise. Outras dicas importantes para o tratamento do herpes labial são evitar furar as bolhas que se formam e lavar sempre as mãos após manipular as feridas (isso porque a virose pode ser transmitida para outros locais de seu corpo).

 E o que fazer quando surgem manifestações sequenciais da doença? Cyrillo recomenda a procura de um médico infectologista para avaliação do estado imunitário do paciente. “Muitas vezes as pessoas precisam tomar a medicação por meses para que o vírus não se multiplique”, diz. Denise alerta que quando há muitas reincidências da doença, o indicado é fazer o tratamento antiviral por mais tempo, com a utilização de um aminoácido proteico para fornecer mais resistência ao corpo.

 Por isso, ao primeiro sinal do indesejável herpes labial, procure um especialista para indicar o melhor tratamento. Dessa forma você evitará que o surto seja de maior intensidade e duração.